A influência da suplementação probiótica sobre a imunidade de aves
Os probióticos têm demonstrado grande potencial na modulação da imunidade das aves, influenciando diretamente a microbiota intestinal e, consequentemente, a resposta imunológica do hospedeiro.
Estudos recentes mostram que a suplementação com probióticos pode impactar positivamente tanto a imunidade inata quanto a adaptativa das aves, além de melhorar as respostas vacinais (Yadav et al., 2016).
Modulação imunológica pelos probióticos
A função principal dos probióticos é promover uma composição saudável da microbiota intestinal, que desempenha um papel essencial na defesa contra patógenos.
Um dos principais mecanismos de ação dos probióticos é a colonização do trato gastrointestinal com microrganismos benéficos, como Lactobacillus e Bifidobacterium, que podem suprimir patógenos por meio da competição por nutrientes e locais de adesão, além da produção de substâncias antimicrobianas, como bacteriocinas (FAO/WHO, 2006; Bajagai et al., 2016).
Além de controlar a presença de patógenos, os probióticos modulam a resposta imune ao ativar células imunológicas na mucosa intestinal, como macrófagos, células dendríticas e linfócitos T.
Essa ativação gera a produção de citocinas pró-inflamatórias, que estimulam a resposta imune inata, e citocinas anti-inflamatórias, que ajudam a evitar danos excessivos aos tecidos do hospedeiro (FAO/WHO, 2006).
Um exemplo de ação imunomoduladora foi observado em um estudo com aves suplementadas com probióticos, onde foi reportado aumento nos níveis de imunoglobulina A (IgA) e maior proliferação de linfócitos em comparação com aves que não receberam suplementação (Bajagai et al., 2016).
A IgA secretora é fundamental na primeira linha de defesa contra patógenos intestinais, neutralizando antígenos antes que eles penetrem as células epiteliais.
Efeitos dos probióticos sobre as respostas vacinais
A suplementação com probióticos também influencia as respostas vacinais das aves, potencializando a eficiência das vacinas aplicadas.
Probióticos como Lactobacillus spp. e Bacillus spp. podem atuar como adjuvantes naturais, promovendo uma resposta imune mais robusta após a vacinação, devido ao aumento da resposta de anticorpos e à ativação de células imunológicas chave, como os linfócitos T CD4+ e CD8+ (Bajagai et al., 2016).
Em um estudo realizado com frangos de corte, a administração de probióticos juntamente com vacinas contra a doença de Newcastle resultou em maior produção de anticorpos específicos contra o vírus, indicando uma resposta vacinal mais eficiente e prolongada (Bajagai et al., 2016).
Mecanismos de ação dos probióticos
Os mecanismos que explicam esses benefícios incluem a produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), como o ácido lático e acético, que reduzem o pH intestinal, criando um ambiente desfavorável para patógenos (FAO/WHO, 2006).
Além disso, os probióticos produzem compostos bioativos que modulam diretamente as respostas imunes, como as citocinas e quimiocinas, que coordenam a atividade de células imunológicas no intestino.
Outro mecanismo importante é a melhoria da integridade da barreira intestinal.
Probióticos fortalecem as junções epiteliais, prevenindo a translocação bacteriana e a inflamação sistêmica, o que pode levar a respostas vacinais mais eficazes devido à menor carga inflamatória de fundo (FAO/WHO, 2006).
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Referências
- Bajagai, Y. S., Klieve, A. V., Dart, P. J., & Bryden, W. L. (2016). Probiotics in animal nutrition – Production, impact and regulation. FAO Animal Production and Health Paper No. 179.
- FAO/WHO. (2006). Health and nutrition properties of probiotics in food including powder milk with live lactic acid bacteria.